Escadas e degraus são algo comum em qualquer condomínio e deveriam fazer parte de um projeto integrado de acessibilidade, mas nem sempre isso acontece. “Vemos muitos projetos que são aparentemente acessíveis, mas que quando observados não seguem todas as normas”, comenta Robson Gonzales, arquiteto pós–graduado em acessibilidade e especialista em desenho universal.
Quando não há planejamento adequado, uma escada pode até causar riscos à segurança dos moradores e visitantes, especialmente quando se tratam de crianças, idosos e deficientes físicos. E no caso das escadas de emergência, há uma série de normas que precisam ser obedecidas, além de uma vistoria do Corpo de Bombeiros.
Mais segurança
Uma escada mais segura deve contar com vãos menores entre os degraus, já que, especialmente as crianças podem cair facilmente se a abertura for muito ampla. Contar com uma parte de apoio, como os corrimãos, também é essencial para idosos e deficientes.
Além disso, a manutenção deve ser constante para que a visibilidade seja preservada.Lâmpadas quebradas, por exemplo, devem ser trocadas o mais rápido possível, principalmente quando se tratam de escadas entre os andares.
“No caso de edifícios, se houver saída para os andares, deve existir piso tátil de alerta, faixa de cor contrastante nos degraus, anel tátil colocado um metro antes do final do corrimão e sinalização em braile em cada patamar que conduza para algum pavimento”, sugere o arquiteto especializado em projetos de acessibilidade, Eduardo Ronchetti.
Planejamento financeiro
Segundo Ronchetti, empreendimentos com 10 pavimentos e que estejam começando do zero seu projeto de acessibilidade investem em média R$ 45 mil apenas para adaptar as escadas às normas. No entanto, ele alerta que a questão financeira não deve ser um impedimento.
“A acessibilidade não deve ser encarada como custo ou obrigação legal, mas como investimento por proporcionar a inclusão social e melhora na qualidade de vida de todos”, finaliza Eduardo.
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